segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

História

O biscoito era a base alimentar das tripulações que se deslocavam nas naus dos descobrimentos portugueses durante os séculos XV e XVI, tanto para a Carreira da Índia, como para o Brasil. Consistia num pão de farinha de trigo, de forma achatada, cozido forno duas, três ou mais vezes, de modo a assegurar-lhes a durabilidade das suas qualidades alimentares durante muito tempo, deveria ser muito duro como haste de cornúpeto. Chegou a ser tal a procura de biscoito para aprovisionar as armadas dos navios que houve a necessidade de importá-los de Espanha. O padre Raphael Bluteau na sua obra “Vocabulário português e latino”, chama-lhe mesmo “pão do mar” ou pão náutico. Em 1498, a ração de biscoito, por cada tripulante era de 28 arráteis por mês (o arrátel equivale a 459 gramas) o que dá um pouco mais de 12 quilos, isto é, 428 gramas por dia. Na Índia, para substituir o trigo, fazia-se uma massa de “sagu”, substância farinácea extraída da parte central de algumas palmeiras e que podia conservar-se até vinte anos.

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